Quem eu sou? Sou como você me vê.
Sou o preto. O escuro. O medo.
Sou a luz. O branco. Intensa.
Sou aquela que quando você acorda vira um prisma irradiando cores.
Sou o vento. A solidão. Sou a árvore partida por um raio.
Sou a dança suave da chuva fria. Sou o canto dos pássaros. A buzina dos carros.
Sou aquela que ora pedindo a sua felicidade todos os dias. Mas você nem percebe. Você nem percebe que quando o sol bate na sua janela, quando seus dedos tocam nas teclas do teclado, enlaçam o arco do violino, ou seguram a palheta do violão, estou pensando em ti. Quem eu sou não importa mais, porque eu sou o sentimento. O sentimento que emana do coração de todo o ser humano. Ahh... O ser humano. Ser tão forte, tão racional. E ao mesmo tempo tão sensível, frágil, ignorante. Ser que se deixa levar por prazeres sutis, sem nem sequer pensar nas conseqüências. Agora sou como uma sombra passageira, que vaga pelo mundo em busca de respostas. E as repassa para as árvores. Para você, sou o vento gelado no calor do verão. Mas apesar de aliviar a sua dor, não posso ficar para sempre. O seu olhar me diz: “fique só mais um pouco, deixe que esse vento louco, nos anime cada vez mais”. Mas eu vejo no seu coração alguém que não me vê, que não entende que não existe meio termo. Enquanto meu coração tenta se libertar dessa prisão, meus olhos pousam sobre os seus, que se retraem devagar, e se direcionam à outro sol, outro vento igual a mim.
Quem eu sou não importa mais. Não sou, somente.
O que serei, cabe a você decidir, mas só por um instante. Porque um dia, os ventos cessam, o sol se põe e as sombras desaparecem. E eu irei com eles, deixando para trás folhas caídas. Pensamentos. Sentimentos. Saudade.
E serei o vazio da alma. Suspiro.
PS: Não, não estou apaixonada... rsrs
Be Happy #WeakHaapy